Sei que esconde a verdade em você Despreza a condição mais humana do seu ser E atira no abismo a mente calada pelo medo de existir. Permita a seus olhos perceber O horror e as tragédias injustas impostas a você Quanta culpa há em você? (Quantos crimes ou quantas dores de alguém?). Qual é o ópio do seu próprio ser? (Semeiam flores colhendo a dor de alguém). Permita a sua mão rasgar o céu E perca, pra sempre, a angústia de ser o eterno réu. Quanta dor deseja ter? (Quanta vida em você vai se perder?). O que afasta o humano em você? (Voe alto e esteja bem além). Prefira se queimar no ardor de seus pensamentos livres Despreze o conforto falso (e fácil) de um eterno culpado Retire as mentiras cegas/ que corrompem sua visão Contemple a verdade/ que está em suas próprias mãos.