Vai meu leão mostra sua garra A nossa hora é chegada Nosso batuque tem axé e tem fé! Do Nordeste, acácia encantadora Dos potiguares e tabajaras Habita em si sabedoria É catimbó magia Jurema sagrada Na cachoeira É mata, é praia onde ela mareia Pescador veio lançar A rede no mar Pros erês esperança Guerreia pela umbanda Jurema, jurema No cais, sedutora Maria Navalha, cuidado com ela Revela vozes que ecoam da favela Na luta pela liberdade e igualdade Força e coragem sem temor Trajado de branco, olha quem chegou Boêmio, malandro e cheio de amor E escreve assim nossa história Fonte de vida e riqueza Dos terreiros da natureza As nossas religiões Herança do sertão Frutos do nosso chão Toca o maraca que o índio quer pajelança Toca o atabaque O negro dança Raiz do solo da pátria mãe gentil Jurema do seu ventre Brasil