Viagem num navio negreiro Para o solo brasileiro Negro chorava, negro sofria Sem se preocupar com a morte Só em busca da sorte Era a luta do seu dia-a-dia Rezava forte o negro Lá no quilombo eu vi Bravos guerreiros Comandados por zumbi Odero motidi yio, motiba ebaba mokulê Baba ewa batigero, motiba ebaba mokulê Na bahia, nasceu o candomblé, candomblé Seu axé capoeira, baianas faceiras Benzem com arruda e guiné (e guiné) E no rio de janeiro viola e pandeiro Escola de samba Em são paulo fazia muita boemia Orgia, pagode e roda de samba Canta, canta, quero ouvir seu cantar Esquece o seu pranto no seu patuá É a união na avenida que passa Exaltando a magia de uma raça Herança africana que faz brilhar Um sorriso negro que o samba tem Um novo dia virá e um grito de liberdade Virá também.