Meu samba é a força que nasce da raça O canto da massa, ninguém irá calar Sou negritude, união e consciência A resistência hoje vem de Maricá Meu sinhô O tronco e a chibata não irão cessar A voz que a liberdade um dia conquistou A luz do candieiro não se apagou, nem se apagará Aportou ao cais, a fé que traz a esperança Cura para os ais, dos ancestrais, herança Verdadeira, essência do meu caminhar Bandeira, acolhida pelas yabás Gira na gira das tias baianas Sacerdotisa no terreiro… De pai Alabá Babalorixá pioneiro… Rito afro-brasileiro Ora yê yê o, é d’oxum, ê Ciata Entra na roda que tem capoeira Tem vadiagem, Não me leve a mal Da Praça Onze à Pedra do Sal Pequena África Lugar onde minh’alma fez folia De reis, mestre-sala e rainhas Braço que te abraça sem ver cor nem coração O samba hoje faz seu agradecimento Não vão botar a baixo nosso sentimento Do morro ao asfalto, ecoa a mesma voz A revolucionar fazendo escola Arte e cultura pra sobreviver Deixa Falar, agonizar não é morrer