O meu Bode tem cabelo na venta O Tuiuti me representa Meu Paraíso escolheu o Ceará Vou bodejar láiá, láiá O meu Bode tem cabelo na venta O Tuiuti me representa Meu Paraíso escolheu o Ceará Vou bodejar láiá, láiá Vendeu-se o Brasil num palanque da praça E ao homem serviu ferro, lodo e mordaça Vendeu-se o Brasil do sertão até o mangue E o homem servil verteu lágrimas de sangue Do nada, um Bode vindo lá do interior Destino pobre, nordestino sonhador Vazou da fome, retirante ao Deus dará Soprou as chamas do Dragão do Mar Passava o dia ruminando poesia Batendo cascos no calor dos mafuás Bafo de bode perfumando a boemia Levou no colo Iracema até o cais Com luxo não! Chão de capim! Nasceu Muderna fortaleza pro bichim Pega na viola, diz um verso pra iô iô O salvador! O salvador! Pega na viola, diz um verso pra iô iô O salvador! O salvador! (Da pátria!) Ora, meu patrão Vida de gado desse povo tão marcado Não precisa de dotô Quando clareou o resultado Tava o Bode ali sentado Aclamado o vencedor Nem berrar, berrou, sequer assumiu Isso aqui, iôiô, é um pouquinho de Brasil Nem berrar, berrou, sequer assumiu Isso aqui, iôiô, é um pouquinho de Brasil