Na força do punho cerrado O meu Império Ricardense vem mostrar Kianga o eterno pôr do Sol, mães rezadeiras Iabas traz o Axé dos Ancestrais Orgulho da nossa nação Sapopemba esplendor da Guanabara No engenho o sonho de liberdade Que corre nas veias da nossa comunidade Em verso e prosa e poesia Rompe os grilhões do dia a dia Capoeira, jongo e maculelê O canto de ladainha Mães Guerreiras sempre na luta Pediam o fim da tirania Atoto salve omolu Curando as chagas junto ao deburu Mistérios em tempos de graças Essas mulheres vamos louvar Que descem o morro para trabalhar Chega de tanta crueldade Dignidade e a nossa condição Vou seguindo com Fé Com meu pai Ogum nos trilhos da Emoção Toco o tambor sou quilombolo=a São 110 anos na memória Hoje a Ricardo de Albuquerque Tem contada a sua História