Sou eu, sou eu o clamor por igualdade O meu axé, é de alma africana A negritude é raiz, tal qual o meu pavilhão O amizade canta a libertação Deus, ouça a voz do meu lamento A corrente que maltrata Não apaga o sentimento Filha, resistente quilombola É chegada sua hora De erguer o pensamento Do fogo de xangô, dos ventos de oyá Ser de luz que vem iluminar Princesa guardiã, guerreira ancestral Vai perpetuar seu ideal Eawe no quilombo dos palmares Vou tocar o meu tambor Eawe um legado se eternizou Preta velha carrega o defumador Pra espantar todo mal, combater a opressão Não sucumbe a invasão, consciente no amanhã Mahin a bênção de nanã E a paz, aflora em cada coração Reluz, um sentimento que não para No jubileu de prata a coroação A zona leste, é o quilombo de Dandara