Num casebre do morro da mangueira, Morávamos-nos com a costureira. La no fundo do porão, Guardávamos o violão. Foi em um dia em que peguei o cavaquinho, Sentei-me à mesa, E bebi o vinho. Bebia saculejava Dia e noite, noite e dia. Ai me veio a idéia, Do papel para a traquéia. No barracão quando o grupo batucava, Era o samba que a gente procurava. A música era pra ela, Estava pegando o cavaco, Quando o pandeiro disse: Não seja tolo, Não entre nessa faixa, Mulher, patrão e fumaça, Em qualquer praça se acha.