O sonho rebelado iluminou Cobriu a mata e se virou no rio-mar Rufam tambores cabanos Glória ao Grão-Pará (meu Pará) Choveu temor na riqueza dos palácios Calou com sangue cada boca de canhão Tapuios e negros a reinar De trabuco na mão Vingança, vingança, vingança! Clama o Brigue-palhaço Guerreiro da liberdade Fere o ar da servidão Nos arraiais da cidade É festa, é festa, é festa! Nos quilombos e rosas Nas vielas e choças Coração de angelim Canta Pedreira Põe amor na memória A noite é bela O cabano é história! Ôôôô, Imperador! Murucutum em Nazaré Paraense quando quer Não tem dono e nem senhor Imperador