Ecoa no mar Lamento triste dos tumbeiros Chora mãe África, Os filhos arrancados dos teus seios São reis nativos guerreiros Plantam o chão brasileiro No peito uma esperança... liberdade Espalham crenças e cantos A porta é a Vila de Santos Mudando o coração desta cidade Abre a roda é capoeira Da rasteira vem o tombo Bate a mão no couro, negro Tem batuque no quilombo Reza pandemônio e oração São Gonçalo é devoção O profano e o sagrado, chega enfim a abolição Tudo é comemoração nosso povo é libertado Do verde das matas ao rosa da flor Tem gafieira nos salões que esplendor De quilombola, a rei da bola Virei artista, virei doutor Tão linda miscigenação ...União Quinhentos anos tradição ... Imperial Minha razão de ser feliz é muito axé Nossa raiz tem muita força, Marapé