Grazzi Brasil

É Coisa de Preto

Grazzi Brasil


Agora pega fogo no congá
Samba Io iô, samba Ia iá
Cantar em Tom Maior o som do gueto
É coisa de pele, é coisa de preto

Meu irmão
Deixa eu te contar o que ninguém contou
A saga de um povo
História que o tempo jamais apagou
A sombra de um Baobá
Tão forte é a minha raiz
Abra os caminhos do mar Olokun
Um “Marko” de lutas e glórias
Sou negro, sou raça
No esporte um salto à vitória

Firma o tan tan, cavaco, surdo e pandeiro
Joia Rara, um Sorriso Negro
Abriu a cortina a rainha mandou avisar
Vem pra roda o samba vai começar

Nosso picadeiro é alegria, poesia na favela
Obá
Na literatura, um bom jogo de cintura
Pra ganhar
Maria
Moldando a arte, um dom divinal
Só quem viu é que pode contar
A vida é louca, nego eu vi até Jesus chorar
A força que vem da mulher, estrela do Gantois
Independente da cega justiça
A carne negra não sangra de novo
Na bênção dos orixás, axé pro meu povo