Dá licença de chegar Vim do ventre do tambor Cria de vó rezadeira Sou Mangueira Nagô Quem subir minha ladeira vai descer lá no Pelô Onde a África dança no tempo, no vento, na cor Preta Flor do Ilu, do Ilê Rainha de cucumbi Semeando em xequerê A herança de Zumbi Pela Bahia de Todos os Cantos Minha Embaixada é de Jeje, de Banto Verde no pano da costa Rosa pra dar pro meu santo Preta Flor do Ilu, do Ilê Rainha de cucumbi Semeando em xequerê A herança de Zumbi Pela Bahia de Todos os Cantos Minha Embaixada é de Jeje, de Banto Verde no pano da costa Rosa pra dar pro meu santo Quem quiser me proibir Que venha O afoxé já vai sair, é lenha Proteção de Yalotim, de Oyá Dandalunda maimbanda Quem quiser me proibir Se lasca O cortejo vai sair e arrasta O reggae até cair, ioiô Até cair no samba Me chama, moço, que eu vou vadiar Sem corda eu vou com Dodô e Osmar Fio de conta contra a ponta da chibata Abadá que já foi bata Foi mortalha de hauçá Modupé, irmãos de axé Da negra babel tupiniquim O Olodum mandou avisar Tem que respeitar nosso tamborim Não tem sinhô, não tem sinhá Se embala, se embola no chão de Arerê Ora yeyê, ô, mãe da Bahia A festa é manifesto de alforria