Grazzi Brasil

As Áfricas que a Bahia Canta

Grazzi Brasil


Dá licença de chegar
Vim do ventre do tambor
Cria de vó rezadeira
Sou Mangueira Nagô
Quem subir minha ladeira vai descer lá no Pelô
Onde a África dança no tempo, no vento, na cor

Preta Flor do Ilu, do Ilê
Rainha de cucumbi
Semeando em xequerê
A herança de Zumbi
Pela Bahia de Todos os Cantos
Minha Embaixada é de Jeje, de Banto
Verde no pano da costa
Rosa pra dar pro meu santo

Preta Flor do Ilu, do Ilê
Rainha de cucumbi
Semeando em xequerê
A herança de Zumbi
Pela Bahia de Todos os Cantos
Minha Embaixada é de Jeje, de Banto
Verde no pano da costa
Rosa pra dar pro meu santo

Quem quiser me proibir
Que venha
O afoxé já vai sair, é lenha
Proteção de Yalotim, de Oyá
Dandalunda maimbanda

Quem quiser me proibir
Se lasca
O cortejo vai sair e arrasta
O reggae até cair, ioiô
Até cair no samba

Me chama, moço, que eu vou vadiar
Sem corda eu vou com Dodô e Osmar
Fio de conta contra a ponta da chibata
Abadá que já foi bata
Foi mortalha de hauçá
Modupé, irmãos de axé
Da negra babel tupiniquim
O Olodum mandou avisar
Tem que respeitar nosso tamborim

Não tem sinhô, não tem sinhá
Se embala, se embola no chão de Arerê
Ora yeyê, ô, mãe da Bahia
A festa é manifesto de alforria