Fazer ciranda da vida Reinventar uma história Reconstruir as certezas Botar a mesa lá fora Tecer qualquer poesia Lembrar canções de outrora Rir de si mesmo às vezes Num barco à vela, vambora! É que o dia de hoje Abriu a janela da frente E deu um sorriso pra gente Um sol no quintal É que o dia de hoje Nasceu tão faceiro e contente Sinal de esperança nascente Em pleno areal Os olhos soltos na vila Os pés no chão, mundo afora. O coração no destino O ouvido em busca da aurora Até ouvir as cantigas Nascidas em boa hora Estamos ao pé da serra Num trem de ferro, vambora! É que o dia de hoje... O sabiá assobiou Canto de ave canora O bem-te-vi bem te viu E já voou sem demora Passarinhada passou Pousou no pé de amora Ao sol que se anunciou Na mesma trilha, vambora! Fabrício Matheus & Gladir Cabral Rio de Janeiro, Criciúma, 14 setembro 2010.