Talvez seja essa inquietação Que me enseja a querer atentar Contra a vida de civis desarmados. Cometer atentados que escandalizem Ou celebrar a paz entre os inimigos. Talvez seja... Distribuir flores por entre os soldados Para embora nos odiarmos, coexistirmos. Talvez seja intolerância Com o quid pro quo No discurso dos ecologistas. Ou preocupação com o aquecimento global. Discordâncias no programa liberal, Ou saco cheio com a conversa chata dos comunistas. Mas não importa, nada importa, Quando em canto nenhum se pretende chegar. Ou quando só sobrevivem planos inexequíveis E uma vontade desgraçada inelutável De querer cometer todos os crimes possíveis.