Ai meus amigos Eu não sei o que se passa Para mim já não tem graça Essa mulher adorada Fico sem jeito Quando vejo uma miuda Que dantes era peluda Com sua coisa rapada Tal como nós Também ela faz a barba Diz que tanto lhe apertava Nas calcinhas que comprou Já não tem nada Abaixo do seu umbigo P'ra me dar maior castigo A sua coisa rapou As mulheres de agora São um pesadelo Na coisa que eu gosto Já não têm cabelo As mulheres de agora São um pesadelo Na coisa que eu gosto Já não têm cabelo Era tão linda A mulher de antigamente Com a sua permanente No seu ninho de pardais Agora ela Tem sua coisa sem pelo E o azevinho nem vê-lo Das peludas gosto mais Gostava dela Por ela me apaixonei Não sei porquê me zanguei Era gira cabeluda Mulher jeitosa Muito simples, sem vaidade Ando louco com saudade Da sua coisa peluda As mulheres de agora São um pesadelo Na coisa que eu gosto Já não têm cabelo As mulheres de agora São um pesadelo Na coisa que eu gosto Já não têm cabelo Hoje ela diz Ser careca está na moda E até não incomoda Os pelos na passarinha Mas eu, amigos Não gosto da coisa assim Pois a mulher para mim Tem de ser bem peludinha Porque será Que tanto me faz sofrer Corta, não deixa crescer A rama do roseiral Do sul ao norte Até nas ilhas também Ela, pelo já não tem A mulher de Portugal As mulheres de agora São um pesadelo Na coisa que eu gosto Já não têm cabelo As mulheres de agora São um pesadelo Na coisa que eu gosto Já não têm cabelo As mulheres de agora São um pesadelo Na coisa que eu gosto Já não têm cabelo As mulheres de agora São um pesadelo Na coisa que eu gosto Já não têm cabelo As mulheres de agora São um pesadelo Na coisa que eu gosto Já não têm cabelo As mulheres de agora São um pesadelo Na coisa que eu gosto Já não têm cabelo