De fato eu sou do nordeste Sou cabra da peste Castigo legal meu baião Eu tenho um cranio achatado Sotaque arrastado Nasci no sertão Acontece que eu sou diferente De toda essa gente não sou valentão Não sou de briga não conto vantagem Não tenho coragem de dar num anão Não uso peixeira e nem faço arruaça Não tomo cachaça e nem acabo o forró Não sei dar pernada nem rabo de arraia Só um navalha pra raspar meu gogó Se pisa o meu calo eu não digo nada Ate dou risada para o cidadão Pra encurtar conversa olha aqui meu camarada Te juro não sou de nada só canto baião Ai, ai, ai o velho meu pai sempre me dizia Toma cuidado vagabundo não tem vez Olha que estupidez não é valentia