Ai diário a quanto tempo eu não escrevo Por aqui e só sufoco, a calma já não existe Tempestade no mundo só maldade Loucura, paranóia, desgostos, inglórias Olho pro céu clamo Jesus eu peço a calma A lágrima escorre o medo que nunca some Marcas da violência cravadas na alma Passado, futuro, presente O ódio sempre constante O semblante da criança sem futuro, sem infância O medo, a fome, a droga, a arma, a lembrança Roupa preta futuro de incertezas O gole de bebida ameniza a neurose A voz com medo, o choro cala consente Sempre no limite da existência Pesadelos, miséria, migalhas Ruas de terra registram as falhas O mundo gira a cada minuto Um homem que morre Lembras que nunca somem Para nós a herança, o ódio dos homens Nos livros de história, campos lavados de sangue Na glória da guerra, o fantasma da morte Avareza de um homem Destruição do semelhante A gota de suor, a frieza nas mãos Ai diário a quanto tempo eu não escrevo O caminho da paz, é você quem faz (É você quem faz) O caminho da paz, é você quem faz (É você quem faz) Milhares de páginas escritas Vidas em guerrilha, contrariando as estatísticas Na selva sofrida, matando um leão por dia Entre drogas, armas e polícia louco, nas noite fria Notas ilícitas, Jack, Cîroc, camarote, Lacoste Em SP fuga de Amarok, joga os dados da sorte na roleta Busco os malotes, os bicos a minha cabeça Sentenças imposta pelo júri é Errou pagou, nas ruas ninguém passa impune Hey Gonzales a verdade é uma só Não segurou o B. O, vira pó, só Nem melhor, nem pior, sigo a trilha Carregando a bandeira, onde o amor agoniza Nas madrugada, solitário o diário é meu parceiro Refúgio dos pensamentos, neurose, pesadelo Whisky, cigarro aceso e os ponteiros não para E a vida segue sua caminhada Páginas em brancos escrevem histórias De derrotas e podium, tristeza e alegria, amor e ódio Prossigo na minha, na picadilha Longe dos lók, na mira da polícia Mas tá firmão, com Deus no coração Não me abala cada passo, obstáculo Fé no advogado Se o caminho tá traçado Deixa a vida me levar Mas se o amanhã não tá escrito xará Ah, tudo pode mudar, pode acreditar O caminho da paz, é você quem faz (É você quem faz) O caminho da paz, é você quem faz (É você quem faz)