Todo dia de manhã Antes mesmo do café, abrir o jornal (Todos nas folhas 18) Ver os caminhos que se lhe determina o astral Finanças, amor, saúde O que devo de fazer No relacionamento pessoal? Qual a pedra, a cor, a flor A cueca, a calça, a camisa O meu comportamento geral As desavenças dentro do lar Serão nefastas à vida profissional Não ouça conselhos de amigos Pois todos irão te fazer muito mal (muito mal) Um novo fato na vida Complicará o teu campo sentimental Cansaço, perturbações Complicações, neste período atual Não faça, não saia, não fume, não fale, não coma Não durma, não coma, não fale nada afinal Em todos os trinta diários, revistas e folhas E o rosto ficando vermelho e o suor O garfo caindo da mão, o leite sujando o chão O nó na garganta e o pior Fazem já mais de dez anos sentado Calado, abobado, sem mexer sequer o olhar Logo num dia em que a terra Na casa maior de Netuno, em função com Plutão Regida por Vênus que emana Os raios da força contra esse mal (contra esse mal) Banhada pela luz da Lua em quarto crescente paixão Prenuncia uma fase repleta de bênção A catatonia integral Todo dia de manhã, antes mesmo do café, abrir o jornal Qual a pedra, a cor, a flor, a cueca A calça, o meu novo comportamento geral Fazem já mais de dez anos sentado Calado, abobado, sem mexer sequer o olhar Não faça, não saia, não fume, não fale, não coma Não durma, não coma, não fale nada afinal E todo dia de manhã, antes mesmo do café, abrir o jornal Não faça, não saia, não fume, não fale, não coma Não durma, não coma, não fale nada afinal Fazem já mais de dez anos sentado Calado, abobado, sem mexer sequer o olhar