Da minha janela aberta para o mundo Eu vejo tudo, eu vejo quase tudo Vejo quase tudo confortavelmente Instalado na minha cadeira giratória O giro da lente desfila Todo avanço e eficiência da tecnologia Minha mente distraída ainda elogia As maravilhosas máquinas manejadas por meninos Eram meninos O fliperama ali na esquina Oferece brinquedos eletrônicos Com fascinantes ruídos inventando batalhas reais Como era linda nos visores A fluorescência daquelas explosões Pena que aquela noite não fosse de festa Fogos de artifícios São João Meu filho atropelava meu delírio Apontando a entrevista do velho general Personagem vencidos em outras guerras Fantasma daqueles velhos carnavais Eis aí a eficiência da ciência Eis aí o exemplo exato da mudança Eis o esforço para a melhoria Das condições de vida do planeta O fliperama em nossa mesa Oferecendo brinquedos eletrônicos Com flashes via satélite Das heranças atuais Onde o porco ainda berra O porco ainda sangra E a espada está cravada em nossos corações E a arca da paz, jaz Sob fantásticas jogadas comerciais Mão na boca Barriga revolta Gases explodindo Levanto Tropeço no meu próprio pé Caio E vomito no vômito Há muito espalhado pelo chão Da minha janela aberta para o mundo Engulo tudo Engulo quase tudo Quase tudo.