Há muito tempo Que eu sei o que eu quero Preparo, planto, espero Reviro, viro, arreviro (virá) Há muito tempo Que saí por esse mundo Moleque tento o topete De qualquer barra encarar (sei lá) E quando canto É um canto bem largado Qual um vaqueiro aboiando O gado em pleno sertão E quando grito É por que eu quero espaço Pois que não nasci pra laço Gaiola, freio ou bridão Por isso mesmo Quando torno à minha casa Trago mais vidalegria Estourando o coração Pois se eu vivo É bom que seja por inteiro Não se morre só metade Não se prende água na mão Ah, meu menino Procure seu norte Não conte com a sorte Te digo que a morte Essa há quem te garanta Vá, meu menino Que o preço da felicidade Só sabe mesmo em verdade Quem pega na perna e levanta