Venho no dorso do fim de semana Dum frio que hermana das bandas do sul Botei por cima a cela de prata E meu poncho pátria de baeta azul Saí num trote, batendo na marca Na noite alta minha estrela guia Mostrava os jogos de um surungo feito Pra dar ao peito um pouco de alegria Sou um gaúcho gaudério que anda Sempre cantando para os pirilampos Por isso minha legenda se agranda Vivendo na solidão destes campos Toque de gaita, canha e querendona É o que alegra este índio monarca Um taura xucro não se apaixona Saio no baio batendo na marca Um ar gelado vem do taquaral No manancial cruzo de soslaio Dizem que ali tem alma penada Não é por nada, mas cutuco o baio Eu tomo um trago lá no Chapadão Bombeando o chão onde cravei a vida Lembro dos tempos de xiru ventena Gastei chilena sempre nessa lida Sou um gaúcho gaudério que anda Sempre cantando para os pirilampos Por isso minha legenda se agranda Vivendo na solidão destes campos Toque de gaita, canha e querendona É o que alegra este índio monarca Um taura xucro não se apaixona Saio no baio batendo na marca Vou retrechar numa cordeona guapa Virada em nhapa com gritos de gente Um baile véio de arrancar parede Pegou na rede logo ali na frente Assim eu levo meu viver teatino Um campesino não afrouxa tento Monarca livre sem levar pelo Deixo o cavalo ao favor do vento Sou um gaúcho gaudério que anda Sempre cantando para os pirilampos Por isso minha legenda se agranda Vivendo na solidão destes campos Toque de gaita, canha e querendona É o que alegra este índio monarca Um taura xucro não se apaixona Saio no baio batendo na marca