Quem vem lá da minha terra estampa no fachadão A bombacha de dois panos, pinga-fogo sempre a mão, Traz um jeitão de pachola ao entrar no corredor E a lembrança das percantas nas franja do tirador; Quem vem lá da minha terra não esquece um companheiro, A quarteada de um serviço na fumaça do entreveiro, Cantador rondando tropas, laçador sem ter igual, Quebra-queixo de coiceiros, vaqueano no manancial; Quem vem lá da minha terra é rio-grandense de fato, Entra e sai em qualquer porta, sem precisar de retrato. Quem vem lá da minha terra, curtido a frio e garoa, Quando pisado rebrota, igual juncal de lagoa, Lembra os antigos teatinos, criados sem ter patrão, Metendo os 'peito' em fronteira, peleando por diversão; Quem vem lá da minha terra estampa no fachadão A bombacha de dois panos, pinga-fogo sempre a mão, Traz um jeitão de pachola ao entrar no corredor E a lembrança das percantas nas franja do tirador; Quem vem lá da minha terra é rio-grandense de fato, Entra e sai em qualquer porta, sem precisar de retrato.