Trigueirinha d’olhos verdes Vê lá se perdes teu ar trocista Com tua graça travessa Perde a cabeça qualquer fadista Se és cantadeira de brio Vem cantar ao desafio Mas toma tino Não dês um passo mal dado Porque o teu xaile traçado Já traçou o meu destino Bate o fado trigueirinha Dá-me agora a tua mão Trigueirinha acerta o passo No bater do coração Ensina-me uma cantiga de amor Que diga coisas do fado Uma cigana que amava Como eu gostava de ser amado Ao trinar desta guitarra Se desfez aquela amarra Que me prendeu Que triste fado afinal Tu é que fizeste o mal E quem o paga sou eu