Dizem que é o destino que faz a união É uma realidade, eu posso aprovar Em Porto Feliz aonde eu fui nascido Com apenas dez ano comecei a cantar Tocava viola e dançava o catira E no sapateado não tinha outro iguár Com o nome de Gonçalo eu fiquei conhecido Eu era afamado em todo o lugar Cidade de Varginha no estado de Minas Pra uma grande festa eu fui convidado Pra dançar o catira e tocar viola Mostrando ao mineiro o meu sapateado Mas no meio da festa eu fiquei conhecendo O tal de João Valente, sujeito falado Era o Lampião daquela cidade Com ele não tinha nada enrolado Depois da meia-noite o baile começou Deixei a viola num canto encostado Tirei a Chiquinha, filha do vendêro E numa meia vorta eu fui embarrado Era o João Valente que veio falando Com ela não dança sem eu ter autorizado Eu quero que você já fique sabendo Que desta mineira eu sou namorado E na mesma hora eu fiquei curioso Sem perca de tempo eu lhe dei uma rasteira O povo de medo saía correndo Enquanto eu com ele rolava na poeira A polícia mineira chegou bem na hora Dando cacetada na minhas oreia Me deixando eu surdo por uma semana Com o João Valente eu dormi na cadeia Por detrás das grade as coisa mudaram O tár de João Valente de medo tremia Falando baixinho encolhido num canto Se você quisé nóis dois faz parceria Vamos tocar viola e dançar o catira E com isso eu esqueço a minha valentia Caso com a Chiquinha e você é o padrinho Vamo cantar junto com toda a harmonia