À janela do meu quarto vejo Lisboa Olho a ponte, os barcos a passar O Tejo que outrora foi orgulho De um Portugal que eu sempre quis amar Vê minha queridas aquelas luzes São gente muito triste a atravessar Ao peito vão pendendo as mesmas cruzes Em corpos difíceis de as suportar Encosta a tua cara, às minhas mãos Tu serás, a mãe das minhas filhas Num país onde todos seremos irmãos Esperaremos a vinda de novas quilhas E então juntos sem sofrer Abriremos o futuro, de mão dadas O nosso coração já sem doer Chorará as águas já cansadas Encosta a tua cara, às minhas mãos Tu serás, a mãe das minhas filhas Num país onde todos seremos irmãos Esperaremos a vinda de novas quilhas