Encerras no peito a memória De todas as tuas paixões E, no mesmo peito, a revolta Por ambas as solidões A tua e a de quem te matou Afogado em um mar De esquecimento É com a cabeça que amas E desamas teu próximo As aflições da mocidade Te puseram cínico Entre poetas e amantes de tudo Hoje não há quem te iluda Quem te desiluda Não há ninguém! Mas teu coração miserável Lateja enquanto as luzes Acendem, apagam, acendem, apagam No centro da cidade A cidade é triste Com suas ruas iluminadas Repletas de gente triste Se ao menos fosse sábado!