Eu saio de casa sem saber se vou voltar Medo da pergunta em cada gesto, em cada olhar Os corpos se amontoam nas notícias da TV Não há mais certeza do que fazer sem PAZ, CADÊ A PAZ? Cada vez mais frágil vejo a vida se tornar Sempre descartável: só pôr outra no lugar A violência bate à porta de qualquer um de nós Não há mais segurança do que fazer sem PAZ, CADÊ A PAZ? Sempre a mesma história, não parece que vai ter fim O ciclo vicioso que persegue a você e a mim É só ligar a qualquer hora a televisão Pra ver o desfile de corpos se amontoando no chão E eu me pergunto se tem fundo pra esse poço de morte Que zomba da minha vida, e eu me pergunto pela sorte Deste nosso planeta cheio de meros mortais Que se revezam numa vida sempre em busca de PAZ, CADÊ A PAZ? E busco em minha memória, e nos livros de história Por uma época da humanidade menos inglória Em que as crianças não cresciam com o medo da guerra Em que podíamos andar com segurança na terra E sempre acabo desistindo desse sonho tão humano Porque sem a mão de deus não adianta o nosso esforço A gente vai se afundando, é violência até o pescoço Eu não agüento mais, eu oro a Deus e peço: PAZ, CADÊ A PAZ? Na hora de escolher Por qual caminho seguir Pra encontrar essa paz Não adianta fugir E nem tentar esconder Não há sentido em mentir Alívio há de encontrar A quem seguir O REI DA PAZ…