Troquei a vida de peão por um volante Vivo na estrada percorro o Brasil inteiro Só não escondo esse meu jeito de matuto Até o toque da buzina do meu bruto Me faz lembrar de um berrante pantaneiro Em cada trecho dessa estrada que eu passo Eu já conheço igual a palma da mão Uma saudade para mim fala mais alto Pois esta vida de caminhoneiro no asfalto Com o meu passado ela tem comparação Até a corda que amarra toda carga Representa o meu laço boiadeiro Também o forro do assento da cabine É igualzinho o meu pelego pantaneiro Rompendo estrada rumo ao sul e rumo ao norte Ultimamente já não tenho paradeiro Se alguém quiser ver a minha descrição Está escrito lá atrás no caminhão Aqui viaja um peão caminhoneiro