O cenário: Em frente a brinquedoteca Impressionável, frequentadores da biblioteca Cabeça, pés, braços da boneca Nada, nada na posição correta O corpo aparentava pouco uso Vítima, vítima do próprio abuso Cena real, não apertei o play do vídeo Requintes de um suicídio Todo dia tem alguém na disposição de embarcar nessa expedição Atravessar para o outro lado da porta Pelo que acredita ou já não suporta Será viagem essa passagem? Covardia, hein? Coragem? A dúvida insiste em persistir, pavimentando esse partir O cérebro que pesa um quilo e poucos gramas Nos transforma em máquinas humanas Frias e calculistas, hábeis, oportunistas Programados para o lucro, truco A drogaria vende o remédio quando seca a possibilidade de quitar a hipoteca Plantou morte, idealizou uma engenhoca Fácil de manusear como fazer pipoca Paciente terminal, morfina não alivia a dor Pede: desligue os aparelhos, por favor Perdeu o movimento das mãos Responder sim ou não Esbarra em tanta questão: Ética, religião O que se lê nos olhos da jovem pendurada São palavras embaralhadas Muitas traduções diante do fato Será o início ou desfecho do último ato?