A menina simplória Há muito inventou uma história Imersa em seu próprio mundinho Era velha, era nobre Era, enfim, semelhante O que lhe convinha A menina simplória Não entendia os romances Enquanto os queria igual A qualquer outro que conhecia Que amava, brincava, sorria Retornava ao ponto de partida Na certeza da próxima vez Sonhos, bilhetes, vontade, vestígio Do que era enorme e hoje não é mais Sonhos, bilhetes, vontade, vestígio Do que era forte, hoje graça lhe faz A menina simplória Há muito inventou toda uma história Em seu pitoresco mundinho Menina fazia questão escrever Pois que sentir o que sentem Ter tomada a mente sem risco a correr A menina simplória Passa um tempo, dois tempos, a hora E aí é que nota: Não houve derrota, nem nada demais. Como qualquer outro que conhecia Que amava, brincava, sorria Retornava ao ponto de partida Na certeza da próxima vez Sonhos, bilhetes, vontade, vestígio Do que era enorme e hoje não é mais Sonhos, bilhetes, vontade, vestígio Do que era forte, hoje graça lhe faz