Olha um canto da parede E vejo o suave esboço de uma flor sem dono No outro canto vejo a palavra rosa solita sem flor E na minha solidão de ausências Cheguei a chamar de rosa a flor sem nome Passei a noite guitarreando um sonho Buscando em mim o que sobrou de ti Noitando ausências esquilando penas Velando um tempo que não quis assim Dando ares de um esboço entristecido Sobre um canto de galpão plantado Vai florescendo pelo rastro antigo A guitarra do xiru calado Olhar perdido num tição maneado Oculta os outros o que mais lhe sente Pra disfarçar na distração presente Esta preguiça que lhe trás cansado