Faz de conta que eu sou o que você pensa de mim Faz de conta que eu sou muito menos que isso aqui Faz de conta que honestidade não existe em mim Faz de conta que eu sou o gosto amargo do piqui Faz de conta que o break que eu dancei não valeu nada Faz de conta que o rap que eu cantei foi uma piada Faz de conta que minha conta tá chapada de dinheiro Faz de conta que eu sou o rei dos reis dos pipoqueiros Faz de conta que o quilombo urbano virou ONG Faz de conta que a sony vai bancar o meu cd Faz de conta que no clip lá tá nós de carrão Faz de conta que Ja Rule é ídolo do coração Faz de conta que os 20 anos virou 20 dias Faz de conta que o libriano mede correria Faz de conta que sarney patenteou a minha voz Faz de conta que a foice e o martelo não é com nós Faz de conta, conta cinderela, Faz de conta, conta pra favela Faz de conta, que nós não existe, que o quilombo urbano é hip hop tolice Faz de conta que eu sou isso mesmo zé povinho Faz de conta que meu rap não tem compromisso Faz de conta que eu vivo a ilusão e vendo ela Faz de conta que na hora "h" o gíria é amarela Faz de conta que a memória de zumbi não vou honrar Faz de conta que os pelegos um dia vão me cooptar Faz de conta que a c.o vive na paz e no amor Faz de conta que a polícia diz "moço, por favor" Faz de conta que as mina da favela é tudo puta Faz de conta que o dinheiro agora nós chama de truta Faz de conta que o canto da seria seduziu os manos que era pólvora e apagou pavio Faz de conta que o Periferia Urgente é brincadeira Faz de conta que empurramos bêbado em ladeira Faz de conta que em pedrinhas os manos não ouvem o q.u Faz de conta que não temos proteção de Olorum Faz de conta que a esperança finalmente venceu o medo Faz de conta que zerama come com o primeiro emprego Faz de conta que os contos de fada é verdadeiro Faz de conta que o deus da universal não faz dinheiro Faz de conta, conta cinderela, Faz de conta, conta pra favela Faz de conta, que nós não existe, que o quilombo urbano é hip hop tolice Faz de conta que eu nasci num berço de ouro Faz de conta que eu canto pros playboy não pro povo Faz de conta que a guerra não tem classe, não tem lado Faz de conta que no ceuma tem só revolucionário Faz de conta que quem canta, seus males não espanta Faz de conta coutinho morreu trepado na grana Faz de conta que quem canta em nome da oligarquia, Faz de conta que não tá traindo a periferia Faz de conta que a novela, da globo me respeita Faz de conta que a cor do pecado é preta Faz de conta que thaís e gianecchini é sangue azul, Viajou pra alcântara de maiobão linha 1 Faz de conta que essas fita não é lenha pra revolta Faz de conta que eu só vejo ao meu redor flores e rosas Faz de conta que o turismo traz renda pros favelados Faz de conta que eu vi um gringo de rolê no coroado Faz de conta que quem vende bala no busão, Faz de conta que é pilantra, é prostituta, é ladrão Faz de conta que a morte do playboy me comove Faz de conta que o pior letrista do brasil é gog Faz de conta que sou louco, não sei pensar Faz de conta que larguei a passeata e fui pro bar Faz de conta que eu sou tolo, Faz de conta que tu é cholo Faz de conta que já não passou das contas tanto rolo Faz de conta, conta cinderela, Faz de conta, contra pra favela Faz de conta, que nós não existe, que o quilombo urbano é hip hop tolice