Conto com meus vícios pra poder dormir Só retribuindo eu posso agradecer No final de tudo nos resta lembrar É tarde demais para querer saber E tudo será só memorias Memórias É a luta por dias melhores Melhores venenos na taça Meu hino tocando no pódio Marias se enchendo de graça Meus manos sem medo do escuro As rimas de volta na praça Que deuses encarnem em minhas linhas E que nos protejam da barca Pergunte a senhora memória Se ela tem te sabotado Se foi só por conta da vida Visão se pega com o passado Passado te envolve o enredo Com medo de ser enganado O medo é o frio do azulejo E o riso é o teto ou telhado Onde fica o que responde Como tem se a esperança Ser a fé que me transborda Dos meus tênis as minhas tranças De ter cara e a coragem Conhecer da engrenagem E fazer com que ela gire Como agem os humanos Eu cresci conforme os danos Eu dormi fazendo planos Eu sonho com quem eu tinha E amava há alguns anos Eu sinto falta do que um dia eu perdi Eu sinto falta do que eu perdi amando Acho que isso é sobre cuidar das pessoas sabe Eu tenho que ser pra que os outros sejam É a linha básica de sucessão do tempo Isso é muito mais do que pegar um microfone e sair por aí rimando Tem que ter responsabilidade Tem que ter na veia Tem que sangrar com nós pra tá na ceia A vitória é feito um vício Submete-nos a enganos Mas eu me mantenho aqui Sendo quem sou, porque nós somos Quanto você se cobrou Quanto você mereceu Como que você mudou, como ficou Quando que cê percebeu Que esse mundo era seu Disse que se entorpeceu Mesmo que o mundo girou Vida é atuar sem dublê Como ninguém eu nasci E ninguém será como eu Vindos da terra do nunca nada pode nos parar Em guerra contra tudo e contra todos, é uma semente se orgulhar O futuro são detalhes, no espelho é um amigo Tô sem tempo pra essa nóia de achar que eu não consigo Ah, memórias Hoje temos só memórias Vamos nos tornar memórias Memórias Ah, memórias Tudo será só memórias Vamos nos tornar memórias Memórias