Índio é tupinambá Índio tem alma guerreira Hoje meu Guajupiá é Madureira Voa águia na floresta Salve o Samba, salve ela Índio é dono desse chão Índio é filho da Portela Clamei aos céus A chama da maldade apagou E num dilúvio a terra ele banhou Lavando as mazelas com perdão Fim da escuridão Já não existe a ira de Monã No ventre há vida, novo amanhã Irim Magé já pode ser feliz Transforma a dor Na alegria de poder mudar o mundo Mairamuana tem a chave do futuro Pra nossa tribo lutar e cantar Auê, auê, a voz da mata, okê, okê arô Se Guanabara é resistência O índio é arco, é flecha, é essência Ao proteger karioka Reúno a maloca na beira da rede Cauim pra festejar, purificar Borduna, tacape e ajaré Índio pede paz mas é de guerra Nossa aldeia é sem partido ou facção Não tem bispo, nem se curva a capitão Quando a vida nos ensina Não devemos mais errar Com a ira de Monã Aprendi a respeitar a natureza, o bem viver Pro imenso azul do céu Nunca mais escurecer