O soldado estendido No cordão uma medalha Pendurada no peito Uma vaga lembranca Numa foto amarela Da mulher Que amou Que ficou bem distante Talvez na Espera Da guerra acabar Mas A Guerra não Para E o soldado valente Não vai mais voltar A guerra já existe A milhares de anos Na mente do homem Que impunha da arma Da sede e da fome Do ódio de si Fundam-se ideologias Ciências ocultas Do grande saber Mal sabe o homem Que herói muitas vezes E quem sabe perder Pela lei do universo Ha reverso na medalha Ha uma dor em cada pranto Em cada canto odor espalha Ha uma flor em cada vaso Em cada esquina um canalha Ha um Deus em cada homem Ha um preço em cada falha E calo minha boca Sufocado às vezes Mas não por um beijo E fecho meus olhos Espantado às vezes Mas não pelo espanto Talvez por um medo Nem diria da guerra Mas do vago destino Pois não vim do acaso Sou mistura do barro Sou um sopro divino Pela lei do universo Ha reverso na medalha Ha uma dor em cada peito Em cada boca uma navalha Ha uma flor em cada vaso Em cada corpo uma mortalha Ha um Deus em cada homem Ha um preço em cada falha