Eu vou contar pra vocês ó minha gente A vida triste que leva nosso campeiro Quando o patrão faz negócio na charqueada Manda levar a boiada dando ordem os seus tropeiros E um velho cusco que é seu fiel companheiro Chegando a tarde já fica a tropa encerrada De madrugada canta o galo no galpão Anunciando para o coitado tropeiro Que tome o mate ligeiro pra cumprir com a obrigação E vai tropeiro cantando esta canção Toma um amargo e põe o cavalo na encilha E o laço na presilha e solta a tropa na estrada E lá vão eles por este mundão aberto Sem saber o lugar certo para fazer a pousada E vai tropeiro tocando a sua boiada Quando vão bem feliz a sua jornada Cantando esta toada que se acalme as reses E assim repete esta canção por várias vezes São tradições do nosso querido estado E esta cantiga tira a brabeza do gado