Lá no meu rancho, eu alevanto cedo E vou pra o terreiro tomar chimarrão Dos passarinhos lá no arvoredo Eu sempre escuto uma linda canção Ainda esses dia, eu pitava um cigarro E apreciava uma construção A obra fina de um João de Barro Que construía num pé de cocão Fez esta obra assim, desta maneira Trazendo o barro no próprio biquinho Depois de pronta, trouxe a companheira E os dois cantavam na porta ninho O João de Barro, um dia, saiu Buscar comida para o filhotinho E um menino malicioso viu Foi negaceando o pobre bichinho O coitadinho, no fazer seu pouso Naquele galho que tinha comida Foi recebendo desamoroso Um pelotaço e tombou sem vida Tenho por vício de alevantar cedo E ir pra o terreiro pitar meu cigarro Só oiço o som lá no arvoredo Porém, não mais oiço mais meu João de Barro Só oiço ela, pobre barreirinha Muito tristonha olhando da porta Talvez, rezando e pedindo a Deus Para mandar seu barreiro de volta Como é bonito amanhecer na mata Ouvindo o canto desses bichinho Oh! Criançada, não me sejam ingrata Não se maltrata os pobres passarinho Vocês devem, quando isto pensar Devem tratá-lo com mais carinho Se vocês fazem como o Gildo diz Serão mais feliz e meus amiguinho