Meu galo fino nasceu d'um ovo extraviado Por uma gansa, chocado debaixo de um taquaral Desde pintinho, tinha coragem de sobra Era caçador de cobra, das franguinhas, era o tal Meu galo fino quebrou a casca a puaço Nasceu dando manotaço, que franquito de valor Cresceu taludo, pescoçudo e entonado Pelo povo, respeitado quando entrava no tambor E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Me enxergo em ti quando te vejo peleando E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Me enxergo em ti quando te vejo peleando Meu galo fino ganhou a primeira rinha Ainda nem crista não tinha, mas valente no retoço O oponente galo grande e afamado Deixou pombito, quebrado e sem couro no pescoço Correu a fama do galo fino, monarca Índio de sinal e marca, um guerreiro sem rival Rio Grande afora, o meu galo faz bonito Por isso que eu acredito, não vai nascer outro igual E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Me enxergo em ti quando te vejo peleando E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Me enxergo em ti quando te vejo peleando E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Me enxergo em ti quando te vejo peleando E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Arrasta a asa, ergue a crista e vai botando E senta a pua, galo fino, e dá-lhe grito Me enxergo em ti quando te vejo peleando