Quando se acende os tições campeiros Pelos braseiros dos galpões de estância Também renasce o atavismo guapo Que o velho pago nos deixou de herança A alma xucra do Rio Grande antigo Se faz presente abrindo as porteiras Mostrando a todos cultura e civismo Mantendo acesa as tradições campeiras Se outras culturas vem rondar as casas Num tempo novo que chegou no mais Há sempre um taura atiçando as brasas Pra o gauchismo não morrer jamais Quando a cambona faz chiar a água E um peão campeiro ceva o mate amargo Na convivência ao redor do fogo Resiste ao tempo e o rigor do pago São esses tauras que sustentam campos Na humildade do sovar de um tento E vão trançando melodia e versos Pra não morrerem na amplidão do tempo Se outras culturas vem rondar as casas Num tempo novo que chegou no mais Há sempre um taura atiçando as brasas Pra o gauchismo não morrer jamais