No primeiro sol nascente Não havia gente para ver Não havia o nosso olhar No primeiro sol nascente Sobre a terra ardente Sobre o infante mar Nada pronto pra testemunhar Pedra, planta, peixe vivo Nada, nem um ser Nem um ser Deus sem ter a quem falar Deus não podia ter A quem mostrar a luz, o brilho, a cor Eu digo: Deus como a gente crê O Deus do jeito que a gente inventou Até que um coração bateu Inventando Seu amor Derradeiro sol poente Quando a noite eterna, enfim, descer Que será do nosso olhar? Derradeiro sol poente Sobre a terra quente Sobre o velho mar Tudo pronto pra se desmanchar Pedra, planta, peixe vivo Tudo, cada ser Cada ser Deus começa a se calar Deus tendo que extinguir A nossa chama, a luz do Seu amor O nosso Deus morrendo feliz Logo após o pôr, o fim do sol Do sol o pôr que Ele mesmo quis Pôr que Ele mesmo matou