Para muitos é um pecado, ô, ô, ô Que od imposto que pagamos ao estado E do lucro que damos ao mercado Um pedaço seja destinado ao carnaval Para outros no entanto, ô, ô, ô Da magia do tambor, da cor do canto É que vem o calor que seca o pranto Em seus olhos já cansados de ver tanto mal Hoje é dia de folia Hoje eu canto pra esquecer Que a escola do bairro está sem professor Amanhã depois da festa A cidade que protesta Entrará pela fresta da porta do corredor Não adianta fugir Não adianta fugir, seu doutor Não adianta trancar a porta Não adianta fugir, seu doutor Para alguém neste momento, ô, ô, ô Sua condição de dor e sofrimento Deve ser cimentada com o cimento Do rancor, do desespêro, da exasperação Para um outro, o lamento, ô, ô, ô Da triste canção levada pelo vento Pode ser uma luz no firmamento Uma noite estrelada em seu coração!