Finge que sou teu rebento E conserva o teu passo ao meu lado Como um signo sangrento De um clã, periodicamente ligado Cingi minha alma com um tento E conserva em renúncias o nosso legado Esse poema mesquinho e isento Nada sabe do teu, ou do meu passado Que sei do amor Se em galhos e folhas Feito beija-flor Errei tantas escolhas Que sei da dor Se vivi numa bolha Mudando sempre de cor E bebendo o mundo sem rolha Mas hoje eu acordei disposto Não que até aqui tenha sido pouco Mas, enfim, chegou agosto O esperado mês do cachorro louco Ela quer o meu fígado numa bandeja Por mais triste que isso pareça Eu dissolvo o órgão em cerveja Muito antes que isso aconteça