Eu vim da quebrada sem money quebrado Rimando nas calçada memo sem ter calçado Um boot da hora, pobreza de fato Firmeza eu curto samba então colei no sapato Malaco nato, rato no bonde jão Passei cada perrei, mas levantei minha condição Não me condiciono, visto o quimono e levanto do fundo Matando um leão por dia e cada verme por segundo Nesse mundo onde a grana compra a passagem Na cabeça do moleque que se perdeu sem bagagem Sem massage? Pelo menos tailandesa Sua camuflagem acaba quando a grana cai na mesa Não sou exceção dessa população regrada Na selva onde o verde é a grana que clama pra ser regada Cultivada na relva dos aflitos O dinheiro fala mais alto quando ninguém escuta os gritos Que clamam por compaixão, por atenção A grana que abre as portas, fechou seu coração Abre as pernas das pessoas que fecharam as mentes Também abre o mar vermelho de sangue inocente Abre a caixa de pandora liberando a maldade Abre-te sézamo, rezamo por ele prosperidade Que pregam no seu culto, que eu tanto insulto Onde a grana brilha o amor de Deus é só um vulto Cada lugar tem sua moeda Desde a queda do escambo O homem vermelho deu sua brasa Perdeu sua casa pro homem branco A ganância nos consome E o dinheiro nos corrompe Enquanto muitos passam fome O amor ao próximo tá longe Sejamos francos ou seremos fracos Almejamos ter no banco mais do que apenas cacos Já nasci nesse sistema corrompido Desde que o mundo é mundo, todo mundo tá perdido Sociedade anônima vou vomitar em quem Tem de tudo e não faz nada pra ajudar Deixa circular que eu vim por lá para burlar Dividir os peixes que eu pescar e manifestar a parábola Pra pular no rio de merda tem que ter coragem Vou me sujar mais os malotes me tiram da margem Comi lavagem mas eu busquei as pérolas Não contei vantagem, mas vou contar as cédulas Pessoas são incrédulas por natureza e as células Que morrem viram câncer dando danger pelo celular Tempo é dinheiro até no mundo virtual Cada segundo cobrado é roubado do tempo real Passaporte com acesso à todo lugar A farsa é forte e sua carcaça também podem alugar Vão pagar pra te convencer todo mês A proteção do burgo te tornou mais um burguês Tem quem tenta validade e ostenta claridade Pra benzer cada centavo aplicado na caridade Sustentabilidade que sustenta a habilidade De nos fazer escravos das próprias necessidade Cada lugar tem sua moeda Desde a queda do escambo O homem vermelho deu sua brasa Perdeu sua casa pro homem branco A ganância nos consome E o dinheiro nos corrompe Enquanto muitos passam fome O amor próximo tá longe