[Chico Real] O enxame voltou O enxame voltou O enxame voltou [Nego Max] Caos cotidiano onde a gente habita Onde o homem te irrita, onde a mente frita Eletricidade nas correntes sanguíneas Linhas periféricas no sul da América, no sul da América Mil volts, mil fitas, mil tretas Explode planeta, eclode cometa, meu Pra cada mil lutas são dez mil letras, truta Luto pra sair do luto diário Te querem aéreo sem área e sem farol Sem senso, sem inteligência e com fome, mais vulnerável ao anzol Reproduzindo hábitos doentios, contribuindo inconscientemente Pra permanência dessa inconsistência onde as correntes prendem a sua mente Mente quem achar que sabe de tudo, sofomania é auto sabotagem Evolução vem com a transformação e pro progresso humildade é chave Interatividade cria atividade que estimula a criatividade Faz parte da arte que arde no peito entreter com responsabilidade Palavras inspiram, ideias expiram Rima intravenosa psilocibina Mente a cima desce rima Ouvi o que falaram, eu sei que é mentira Mundo gira, quem conspira cai, vai Também morre quem atira [Chico Real] O enxame voltou Lado Sujo e Matrero tocando o terror Roubando sua briza, pique Dorobo Vivendo o que eu verso e versando o que eu sou Entre a faísca e a centelha, eu sigo mantendo a chama acesa E pros bico que só taca pedra na telha a rua contra atacou Enxame de abelha moscou quem desacreditou Vejo a verdade cumprida, minha rima é minha vida e o tempo fechou Fechamento dos mais gangueiro, realidade de maloqueiro E pros bico que quer meu regresso, vão pular alto quando essa tocar Eu sigo batendo nas linhas enquanto minha voz tiver força pra ecoar Lá da perifa dos barraco, salve pras casinhas que só trincou Vejo a língua que fala e não sabe nada do que por aqui se passou Desde noventa e pouco, na Cohab já via tudo Meu coroa passou sufoco vindo do Pernambuco Sem nenhum troco no bolso, me ensinou conquistar o mundo Avisa os moleque que as rodas de break era chão antes de decorflex Terror dos Mac era VHS, MC Lyte na Ruffneck Poder de fogo da Intratec, de Tech Nine a Inspectah Deck Fechando rec no rap nóis é tipo A sem que-Tip do A Tribe Called Quest [Gigante no Mic] Do lado de cá é Bom Dia Vietnã Hashtag favelavive É salamaleico Maleico-Salam Hashtag Palestinalivre Sou só um Zé que não apoia Jacó Leia sua Bíblia, depois me decifre Chico Scince é o Moisés do Brasil Vamos pra Recife e não Tel-aviv Nos deram migalhas, os últimos quase não são os primeiros Em nome de Deus quantos são iludidos pra serem mantidos nesse cativeiro Servidão voluntária, cês vendem suas horas e o tempo é dinheiro No leito de morte todos se perguntam se valeu a pena viver prisioneiro Quantas vezes que vivemos no limite Em cima do muro vários dão palpite O diabo amassa o pão de cada dia Pra tu ir pro inferno, são vários convite O salário da morte, quem que recebe? Pagamos a prazo, a vida dá seus jab Avance aos poucos, se antecipe, plebe Enxergando a fundo tipo a deep web Quantos de nós no fundo do poço Teve amigo meu que ainda votou no Bozo Até o Sílvio deixou de ser um santo moço Mais do que pecador, vim ser criminoso Minha mãe não teve mais nenhum desgosto Porque pago o preço pra manter meu posto Pra usar daquilo que planto sem mofo O Estado vegeta enquanto eu me movo Não tenho medo da vida Não tenho medo da morte Já pensei em ser um suicida Mas minha filha me fez mais forte Minha alma já foi banida Tinha perdido o meu norte Minha carne segue ferida E os bebum pedindo mais corte Proteja seu maxilar Respeito em primeiro lugar Vários castelo pra te arruinar Se fizerem casinha, não queira alugar Não veja só seu habitat Meça as palavras quando for julgar Se olhe no espelho e não negue a si mesmo Sua face aos poucos também vai enrugar [Chico Real] O enxame voltou Lado Sujo e Matrero tocando o terror Roubando sua brisa, pique Dorobo Vivendo o que eu verso e versando o que eu sou O enxame voltou Lado Sujo e Matrero tocando o terror Roubando sua brisa, pique Dorobo Vivendo o que eu verso e versando o que eu sou O enxame voltou O enxame voltou O enxame voltou O enxame voltou