[Gigante No Mic] Lembrando do que eu fui é que eu me lembro Não é nada importante lembrar do que eu já fui Penso no que serei então percebo Que pensar nisso é placebo e a onda muito ruim Se a onda é muito ruim não vai fazer marola Já li o Paulo Coelho ouvindo um samba do Cartola Deixe me ir, preciso andar por outros mundos Envelhecendo vários anos em segundos É a dúvida que empurra o homem adiante Sociedade burra, me acha irrelevante A música sussurra no fone aqui antes Com a verdade dou uma uma surra no meu semelhante As pessoas nunca partem, estamos sempre aqui em nossas vidas passadas e futuras Só a mediocridade é segura Nenhuma vida está completa sem um toque de loucura Mesmo com a visão turva Quem deseja ver o arco íris precisa aprender a gostar de chuva Enxergo o ponto onde tudo está Vendo o vento soprar e voltar depois da curva Eu que até pensei em não pensar em nada Fiquei pensando nisso e perdi a minha calma Mais importante do que o topo é a jornada Chorei e vi que as lágrimas são o sangue da alma Fazemos parte de um só acontecimento Pois tudo que aconteceu continua acontecendo O momento presente está além do tempo É a própria eternidade habitando no momento Interpretamos tudo como que queremos Nosso ângulo dita aquilo que vemos Nossa sabedoria Está em respeitar as coisas simples que fazemos Ei mãe não é mais segredo o que eu consumo Alguns conselho eu não segui mas não esqueci de tudo Ei mano não tenha medo do futuro O futuro a Deus pertence e só o presente é puro Ei pai, irmãs vivam Que o tempo é curto Lembrai os titãs se vão Seremos vultos [Victor Xamã] Quem caminhou sem alicerce quero Casas quitadas e tapetes persas Eu to tentando me perder, encontrar o meu Aleph Ligar os pontos e partir do zero às pressas Me desprender do corpo e voar sobre as árvores Destinos não são maleáveis Naveguei nos mares do males O momento que mais aprendi foi ao sair dos trilhos E senti a liberdade dessas aves A morte não existe, tudo se transforma Do normal pro anormal não existem normas Eu vim de um lar não sei de onde o filho a casa torna Ao se despedir do agora Talvez na Transiberiana faça menos frio Que trechos da Transamazônica Acorda, sente a vida, cada hora é única Pra alcançar a certeza passa pela dúvida Essas almas são incandescentes Desliga a luminária e deixa que a lua Ilumina a rua Folhas mortas na vista Imagine amor a venda em farmácias ilícitas Pelas brechas do alambrado De um bairro abençoado aos olhos de Krishna Eu não serei vítima! Eu não serei Vítima Reflexões íntimas, espelhos e vitrais Conselhos em cristais, carnes e metais Por algo passageiro que eu não troco a vinda Ei mãe não é mais segredo o que eu consumo Alguns conselho eu não segui mas não esqueci de tudo Ei mano não tenha medo do futuro O futuro a Deus pertence e só o presente é puro Ei pai, irmãs vivam Que o tempo é curto Lembrai os titãs se vão Seremos vultos