Há muito trago guardadas imagens vivas no peito Que destravam sentimentos quando mateio saudades Me levando tempo afora por emotivas lembranças Onde deixei minha infância brincando na mocidade Tem tanta coisa bonita nesses rincões que visito Que a cada gole sorvido solto um sonho da prisão Revendo ternos olhares entre agruras e alegrias Quando eu passo pelos dias das proseadas no galpão Precisa luz da ciência para explicar o que habita Nas imagens escondidas dos rincões de todos nós Que furtivas vem a tona pelos remansos da alma Quando nossas horas calmas fazem lembrar dos avós Neste mundo onde me encontro com diletos corações Tem conflitos e ilusões mas também muito carinho Com ancestrais reunidos mateando nas madrugadas De uma fraterna morada onde o amor tinha seu ninho Tem o calor dos abraços nessas imagens que trago Algum tombo mais amargo e sonhos vagando ao léu E um gosto de benquerença nos gestos pulsando a vida De velhas mãos estendidas qual escadas para o céu