Nos silêncios dos olhos fechados Onde sonhos calados costumam brincar Revê imagens de outroras perdidas Que a pressa da vida mudou de lugar Luz de estrelas no espelho do olhar Envolto na paz de um tempo sem medos Com risadas zombando os perigos Irmãos e amigos de alma e brinquedos Primaveras, outonos e invernos Verões mormacentos de arteiras andanças Que revivem seus olhos cansados Com ternos abraços de sonhos crianças E nos silêncios das horas tordilhas Resmunga com o tempo que nunca foi seu Porque a vida nas suas distâncias Roubou a infância que o campo lhe deu Sangas claras nas tardes amenas Onde a natureza mostrava os encantos Pra enfeitar corações irrequietos Correndo libertos no lume dos campos Simples sonhos que brincam calados Mas tão estrelados que alumbram a alma Pois parecem magoar o presente Com visões pungentes de uma vida calma