Nem o fogo que queima com uma dor interminável Nem o vermelho do sangue que jorra de um corte profundo Muito menos uma alma que é só desalento, Sombria e triste como a mais negra escuridão. Nem mesmo vivendo lado a lado com o desespero e com a solidão Atormentam a estupidez do desconhecido Mais doente e vazio a cada momento. Meus gritos são vagos nesta mortal agonia Estou pronto, nada mais me assusta Nem os fantasmas de mórbido fulgor. Minha alma e esperança são negras jogadas no abismo E nas profundezas do ínfimo nada mais recupera minha vida Não passa de uma doença estúpida que corrompe o meu corpo Mas já que estou de partida sentindo que meu tempo acabou Uma coisa me conforta Meu final é certo.... como o de qualquer outro