A indiada se reúne lá pra bandas da picada, rédea e laço de piola na cintura a faca afiada. A vaca gorda matreira quando pressente a sangria, dispara dando inicio ao gritedo e a correria. Uns atiçam os cachorros, outros vão armando o laço, se não da casualidade a vaca leva um cansaço. Vem na cincha dum matungo, sotreta lavada em suor, onde um erra a paulada e outro erra o sangrador. A vaca numa tremura berra até cair no chão, cada um pega uma pata e todos de faca na mão. Depois do couro riscado continua a carneação, parece um bando de corvo cada um da um beliscão. A chaira quebra o silencio repetindo o mesmo choro, e a metade do mataimbre ficam pegado no couro. O sol rachando de quente começa a junta um mosquedo, e a faca cortando pouco escapa e pega num dedo. A canha corre na volta evitando a tremedeira e o couro todo furado fica piro que uma peneira. Depois de corta um dedo pra completar a cagada, a faca escapa de ponta na direção da buchada. A cabeça e as achuria são forma de pagamento, total se vivessem disso não tiravam pro sustento. O esforço coletivo da carneada de chambão vira pecado a ser pago na próxima encarnação.