Quando desacordei meu cordel Acometi juranças por bem das querenças do mundo O canto fino das estrelas Morde o vento que as balanceiam Me trazia teu cheiro Todo meu frio se valia numa lamparina aquecida no peito Nesse casulo que marcou A sêmen, as primeiras cores De minhas asas O retiro, o deserto, a estrada Quando desacordei meu cordel Pedi benção a Pajelança Fiz do nosso amor uma andança Quando desacordei meu cordel Versei teu nome no céu Em rima de pé de ouvido Uma certa outra é um risco Mesmo é a sorte do cupido Que embora em nome do amor nos tira Vai saber se não é zarolho Pois nem sempre acerta o alvo O possível, o impossível, o percalço Quando desacordei meu cordel Minha odisséia ia do Crato a Pompéia Arco Verde, Paulicéia Egito, Juazeiro e Juréia Quando desacordei meu cordel Avuei, peguei vento Pensamento arribou sem medo